Com a pandemia trazendo prejuízos aos seus bolsos, tirando sua tranquilidade e afetando sua saúde mental, a enferma Itabuna pergunta: por que o Ministério Público não se manifesta publicamente, há meses, sobre questões de interesses gerais, coletivas do município?
Decreta-se estado de calamidade e abre-se comércio, impõe toque de recolher e abre-se lojas, implanta-se Hospital de Campanha e fala-se em reabertura do Hospital São Lucas, anuncia-se o fechamento da Maternidade Ester Gomes e propõe-se a demissão de funcionários do Hospital de Base, mas o MP nada diz sobre esses assuntos. Há tempos está em silêncio.
O agravamento da pandemia, a reorganização da Comissão de Enfrentamento e Combate ao Covid, a discussão o números de leitos de UTI para o tratamento de pacientes e o uso dos recursos financeiros chegaram ao município, nos últimos seis meses. Essas questão já seriam motivos suficientes para os membros do Parquet, que têm a missão de defender a ordem jurídica e os interesses da sociedade, serem mais diligentes, céleres, aplicados e assumirem um posicionamento perante à sociedade.
Itabuna está enferma. Mais que carente, doente, está com muita saudade daquele Ministério Público eficiente, ágil, midiático, dinâmico, presente no seu dia-a-dia, buscando explicações, junto às autoridades governamentais, sobre as medidas adotadas para conter o avanço da disseminação da covid no município.