Diretores, professores e pais de colégios da rede privada de Itabuna, ouvidos pelo Blog do Bené, manifestaram contra o retorno das atividades presenciais no município. Esta semana, o Blog ouviu representantes de quatro escolas particulares locais. Segundo eles, aulas presenciais expõe mais pessoas ao risco de contaminação e morte pela doença causada pelo novo coronavírus.
Eles são contra o retorno das atividades escolares enquanto a curva de contaminação estiver em alta em Itabuna, assim como Estado e o sul da Bahia. “Tememos que com o retorno das aulas presenciais, nossos alunos – crianças e adolescentes – sejam contaminadas e transmitam o vírus para o pai, a mãe, avós ou mesmo para os educadores”, afirmou a professora Miralva Moitinho, diretor do Colégio Jorge Amado.
A volta às aulas neste momento também representa risco para muitos brasileiros de grupos de risco que vivem na mesma casa de crianças e adolescentes. Eles ressaltam a importância de seguirem as recomendações e orientações das autoridades e dos órgãos nacionais e internacionais de Saúde, como o Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde-OMS para um retorno das aulas presenciais de forma segura.
“Compreendemos que existe fator econômico e pedagógico envolvidos nessa questão. Mas entendemos que a pressão econômica e o ano letivo não podem estar acima das vidas”, destacou Miralva Moitinho. Ela frisou que mesmo os jovens e crianças são vetores da doença e muitas vezes eles ficam sadios, têm quadros leves e são assintomáticos, mas podem infectar outras pessoas. “E cada pessoa doente pode infectar outras seis, inclusive as próprias crianças e adolescentes. Logo, não podemos deixar normalizar a doença e a morte e qualquer probabilidade de morte não deveria ocorrer”, acrescentou.
Todos os entrevistados defendem a orientação da OMS para voltar às aulas com segurança. “Para isso, é preciso que haja o mínimo de controle sobre a contaminação e sobre o vírus, que os protocolos sejam discutidos amplamente com toda a comunidade escolar e que todas as medidas do protocolo sejam executadas”, ressaltou Miralva Moitinho.