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13 nov, 2025
Publicada em: 25 de 2025 às de 7 hs
Erros de refração são as principais causas de deficiência visual infantil

No mês das crianças, oftalmologistas da Opty Rede Integrada, em Salvador, reforçam um alerta importante: miopia, hipermetropia e astigmatismo são as principais causas de deficiência visual na infância, e podem comprometer o desempenho escolar, o desenvolvimento emocional e até as relações sociais, se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo.

De acordo com dados da OMS-Organização Mundial da Saúde, cerca de 12,8 milhões de crianças entre cinco e quinze anos no mundo vivem com deficiência visual por erros refrativos não corrigidos. No Brasil, estimativas da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira e do CBO-Conselho Brasileiro de Oftalmologia indicam que cerca de 26 mil crianças são cegas por doenças oculares, que poderiam ter sido evitadas ou controladas com o diagnóstico precoce.

 Diagnóstico começa cedo

A oftalmologista Carla Cordeiro Vita, do DayHORC-unidade da Opty, explica que os cuidados com a saúde ocular devem começar ainda durante o pré-natal, com o controle de infecções que podem comprometer a visão do bebê, como toxoplasmose, rubéola e sífilis.

Após o nascimento, mesmo após o Teste do Olhinho na maternidade, é fundamental que a criança passe por uma avaliação oftalmológica, com um oftalmologista, dentro dos primeiros trinta dias de vida.

“Esse momento é importante, pois é possível detectar alterações como catarata e glaucoma congênitos e retinoblastoma - condições que podem levar à cegueira, mas que são tratáveis e controladas quando identificadas precocemente”, detalha, informando que, após essa fase, é importante o acompanhamento anual de um especialista.

Uso excessivo de telas e miopia precoce

Com o uso crescente de telas digitais por crianças em idade pré-escolar e escolar, oftalmologistas observam um aumento significativo nos casos de miopia (dificuldade de enxergar de longe). Além dela, astigmatismo (visão distorcida) e hipermetropia (dificuldade para ver de perto) também são comuns nessa faixa etária, segundo a oftalmologista Marta Hercog, da Oftalmoclin.

Outro problema frequente é o estrabismo (desalinhamento dos olhos), que atinge cerca de 5% da população infantil. “Até os seis meses de idade, pequenos desvios podem ser normais. Mas, se persistirem, é fundamental consultar um oftalmopediatra. O estrabismo pode evoluir para ambliopia (olho preguiçoso) e prejudicar a visão de forma permanente”, conta a médica.

Sinais de alerta para os pais

A oftalmologista Carla Cordeiro Vita lista ainda alguns comportamentos e sintomas que devem acender o sinal de alerta nos pais: piscar ou coçar os olhos com frequência; inclinar a cabeça ou tampar um olho para enxergar melhor; queda no desempenho escolar ou desatenção nas atividades; olhos desalinhados ou pupilas de tamanho irregular; presença de crostas nas pálpebras ou olhos lacrimejantes; queixas frequentes de dor de cabeça ou sensibilidade à luz e uso excessivo de telas sem intervalos e pouca exposição à luz natural.

Prevenção é o melhor caminho

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda que o acompanhamento oftalmológico seja feito em três momentos-chave: ao nascer (Teste do Olhinho) e entre seis e doze meses (primeiro exame completo)

Anualmente a partir dos três anos, principalmente em crianças com histórico familiar ou que fazem uso frequente de telas

Cuidar da saúde ocular na infância é garantir qualidade de vida e desenvolvimento pleno para as futuras gerações. A maioria das doenças oculares infantis tem tratamento, e o diagnóstico precoce faz toda a diferença”, conclui a oftalmopediatra Renata Messeder, do Instituto de Olhos Freitas, também da Opty Rede Integrada.


Escrita por: Escrito por: Ederivaldo Benedito - Informação ágil, texto leve, comentário objetivo
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