Indígenas das comunidades Caramuru-Paraguassu, de Pau Brasil, realizou um ato na manhã desta quarta-feira, dia 04, em frente Delegacia de Polícia daquela cidade. O grupo denunciou as precárias condições no atendimento à Saúde da comunidade indígena sulbaiana.
A manifestação ocorreu no momento em que a Indígena Misma Nonato Alves estava sendo ouvida no inquérito que investiga a responsabilidade criminal pela morte do seu filho, Levi Messias Nonato Alves. O bebê de nove meses, faleceu no dia 25 de novembro de 2019, no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna.
Em conversa com o Blog do Bené, o advogado Savi Pedreira lembrou que o inquérito tramita na Primeira Delegacia de Itabuna sob a presidência da delegada Louisana Brandão.
"A morte do bebê nos braços da mãe, no hospital, expôs de maneira nua e crua a realidade precária e caótica do sistema de saúde na região sul da Bahia", afirmou o advogado.
Segundo Davi Pedreira, "a situação vivida pela indígena Misma, que culminou omissão a morte do seu bebê, é um verdadeiro descaso da Saúde pública na região. A criança saiu de dentro de um hospital de Pau Brasíl com soro na veia um balão de oxigênio, sendo trazido para Itabuna apenas pelo motorista ambulância e a sua mãe. Aqui, houve um jogo de empurra para ela ser atendida, entre a Maternidade Ester Gomes e o Manoel Novaes, onde veio a falecer".
O caso aconteceu na manhã do dia 25 de novembro 2019. O advogado, que estava numa academia em frente ao Manoel Novaes, fazendo ginástica, presenciou o fato e intercedeu junto a direção. Segundo Davi Pedreira, o hospital queria liberar o corpo do bebê sem fornecer a certidão óbito.