A partir de 19 de novembro os serviços da Maternidade Ester Gomes, de Itabuna, passarão a ser prestados pelo Instituto Gestão Aplicada. Em conversa com o Blog do Bené, Sérgio Gomes, diretor da Fundação Fernando Gomes, que mantém o hospital, afirmou que perseguição política foi a causa do contrato de arrendamento assinado esta semana. A Maternidade Ester Gomes, que enfrenta dificuldades financeiras desde 2016, tem 110 funcionários e encerrou suas atividades em março deste ano.
Blog do Bené: Quais são as bases do arrendamento da Maternidade com o Instituto de Gestão Aplicada?
Sérgio Gomes: A direção da maternidade assinou um arrendamento por três anos com o Instituto de Gestão Aplicada, que conseguiu junto ao município reaver o contrato que tínhamos com a Prefeitura. Nós torcemos que eles façam um excelente trabalho. O prefeito não tinha refeito o contrato puramente por ser perseguição política. A maternidade é uma casa que nunca se envolveu com política, é um hospital que foi criado para cuidar de quem precisa. Mas, com a visualização pelo nome de Fernando Gomes, o prefeito preferiu não refazer o contrato com a direção. Por conta disso, estamos fazendo esse arrendamento, torcendo que a empresa faça um bom ytrabalho. A direção recebeu inúmeras propostas mas achou a apresentação pelo Instituto a melhor, em relação à prestação dos serviços.
Blog do Bené: Como fica a situação dos funcionários da Maternidade?
Sérgio Gomes: Os funcionários que têm crédito a receber, estão aguardando a Prefeitura nos fazer o repasse dos recursos financeiros. A direção da maternidade ingressou com ação na Justiça, já tivemos êxitos algumas vezesm mas Prefeitura recorre com o intuito, acredito, de prejudicá-los cada vez mais. Hoje, a Ester Gomes tem na Prefeitura de Itabuna um crédito de convênio que gira em torno de R$ 1,5 milhão, mais um crédito das metas de R$ 407 mil e outro dos pés-fixados de R$ 126 mil que dão um total de R$ 2 milhões. Com esses recursos, iremos colocar os salários em dia e indenizar todos os funcionários da maternidade que estão fazendo suas rescisões. Estamos aguardando que a Justiça ou o prefeito se comova e resolva a efetivação do pagamento. É um compromisso da Fundação Fernando Gomes. Esse crédito é de dinheiro que nós trabalhamos. Que fique bem claro: não estamos pedindo favor nenhum. Nós trabalhamos até o dia 17 de março e estamos sem receber. Precisamos receber porque os funcionários não suportam mais. Eles têm os salários de fevereiro e março, as rescisões de abril para receber e temos que resolver essa situação o mais rápido possível. É bom deixar claro que a direção está praticamente sendo forçada, obrigada a fazer isso, porque sem contrato a maternidade não tem condições de funcionar. São 110 pais de família desempregados, além dos prestadores de serviço e fornecedores, perseguidos pelo atual prefeito que já deveria ter pago à maternidade o dinheiro que a Prefeitura esta devendo à maternidade.
Blog do Bené: Quais são os serviços que a maternidade, sob nova direção, passará a oferecer à população?
Sérgio Gomes: A informação que temos é com o Instituto Gestão Aplicada vai fazer o mesmo contrato assinado com a maternidade. Então, serão prestados os mesmos serviços de antes por ela: pediatria, obstetrícia, imagem, laboratório...