Em menos de uma semana de Florianópolis ter registrado mais de 200 milímetros de chuva por conta da influência de um ciclone extratropical, outro ciclone se forma nesta quinta-feira, dia 24. A região fica em alerta e há expectativa para mais chuva até o fim da semana e com ventos fortes.
A boa notícia para os catarinenses é que, desta vez, Florianópolis não deve ser impactada da mesma forma que na última semana. As previsões indicam a formação do ciclone extratropical mais ao sul, portanto a chuva mais forte fica concentrada no Uruguai.
A área de baixa pressão que dará origem ao ciclone já começa a atuar na quarta-feira, 23 de maio, na costa do Rio Grande do Sul. O sistema não deve provocar muita chuva, mas os ventos já podem chegar aos setenta quilômetros por hora na maior parte do estado e aos oitenta quilômetros por hora no litoral sul.
O ciclone extratropical se forma nesta quinta-feira, dia 24, na costa do Uruguai provocando grandes volumes de chuva no país vizinho e em algumas cidades gaúchas que fazem fronteira com o Uruguai. Há risco de algumas cidades, tanto uruguaias quanto do Rio Grande do Sul, registrarem mais de cem milímetros em até 24 horas com grande potencial para alagamentos e deslizamentos.
Além da chuva, há risco de granizo e os ventos podem chegar aos cem quilômetros por hora no Rio Grande do Sul, por isso é alto o risco para destelhamento, quedas de árvore e de postes, assim como queda de energia, em todo o Estado, principalmente nas áreas mais centrais.
O ciclone dará origem a uma nova frente fria durante a quinta-feira, que reforça as instabilidades e também ajuda a provocar temporais nos outros Estados da região. Em Santa Catarina o risco para temporais começa entre a manhã e à tarde no oeste do estado, com fortes rajadas de vento e potencial para granizo. No decorrer do dia, a frente fria espalha os temporais nas demais áreas de Santa Catarina até chegar no leste do estado entre a tarde e à noite. A Grande Florianópolis deve ser atingida novamente por fortes temporais com rajadas de vento acima de sessenta quilômetros por hora que podem provocar mais transtornos, como quedas de árvores, alagamentos e deslizamentos, já que o solo está encharcado.
Na sexta-feira o ciclone se desloca para sul e se afasta da costa brasileira, e a frente fria associada também perde força. Com isso, o Paraná segue sem risco para grandes temporais. A previsão é de pancadas de chuva que podem ser moderadas no sul e em parte do leste do estado.
Mas, atenção! Outra área de instabilidade avança do interior do continente no fim de semana com potencial para provocar chuva forte no oeste paranaense.
Com os fortes ventos provocados pelo ciclone, o mar fica muito agitado entre a costa gaúcha e catarinense. Entre quarta e quinta-feira as ondas podem chegar e até mesmo passar dos três metros de algumas em algumas praias. Além da ação dos ventos, a lua cheia, que começa nesta quinta-feira, dia 24, deve favorecer o avanço do mar nas parias provocando ainda mais transtornos no litoral.
Os modelos atmosféricos divergem um pouco sobre a queda da pressão deste ciclone. Desta forma, este ciclone não entra na categoria de “ciclone bomba”, pois a sua pressão não cai rápido o suficiente. De qualquer forma, vale ressaltar que é um ciclone extratropical forte que vai provocar ventos de até cem quilômetros por hora entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, grandes acumulados de chuva, queda de granizo e com grande potencial para diversos transtornos