Circula as redes sociais uma foto da Augusto de Castro, na praia, sem máscaras. O prefeito de Itabuna está ao lado de homem usando o equipamento de proteção contra o novo coronavírus, tendo ao fundo um casal de desmascarados.
Os comentários – centenas deles – obviamente, são ao mais diversos. Em todos os grupos de WhatsApp, perfis no Facebook, Instagram e Twitter são duras as críticas, feitas principalmente por pessoas ligadas ao setor comercial. Castro, que foi vítima da covid, poderia ter evitado esse desgaste desnecessário.
Em dezembro, o prefeito João Doria fechou o comércio de São Paulo e foi à Miami. Teve que voltar imediatamente. O ex-prefeito Fernando Gomes também foi fotografado andando e sentado à beira-mar, em Oliveira, em frente à sua casa de praia. Sem contar a infeliz “morra em morrer”, numa live, no dia do seu aniversário
Ora, como qualquer político, empresário e todo ser humano, Augusto Castro tem o direito a descanso, de um momento de intimidade com seus familiares. A questão é que toda figura pública – principalmente nesse momento de patrulhamento social – deve ter uma atenção redobrada. Seus passos estão sendo vigiados todo o tempo, 24 horas, e todo cuidado é pouco.
O prefeito de Itabuna não praticou nenhum delito nem cometeu crime algum. Mas deve evitar que fatos como esses se repitam porque, agindo assim, ele dará argumentos àqueles que são contra a determinação do toque de recolher e a decretação estado de calamidade pública. Na praia – seja Barra Grande, Praia do Forte ou Tulha – sem máscara, o prefeito perde a razão para fechar o comércio local.
Augusto Castro, mas do que ninguém, sabe que a população itabunense está pilhada, tralhavada, estressada, pressionada por um segmento que, unido, vem dando demonstração de força. Faz uso de todo os meios, inclusive das rede sociais, para questionar as medidas do govenador do Estado e o prefeito local.
A imagem diz tudo e a intepretação de uma foto vale mais do que qualquer explicação. No caso, nenhuma explicação ou justificativa. Um rápido pedido de desculpas já é suficiente, com a promessa de vestir uma camisa com dizeres, mas otimistas.
Além da falta da máscara, o “porreta” pegou mal...