O presidente Davidson Magalhães, presidente estadual do PCdoB-Partido Comunista do Brasil; a vereadora itabunense Wilma e o presidente doo Sindicato dos comerciários de Itabuna, Joab Batista, destacaram na manhã desta quarta-feira, dia 24, a figura pública e trajetória de luta de Haroldo Lima. Aos 81 anos, o ex-deputado baiano faleceu na madrugada de hoje, vítima de complicações da covid-19.
“Com muita dor, comunicamos o falecimento do histórico dirigente do PCdoB. Haroldo Lima lutou bravamente por longos dias contra a doença, mas não resistiu às complicações provocadas pelo novo coronavírus. Lamentamos profundamente a irreparável perda de um dos mais destacados quadros nacionais do partido nas últimas décadas e prestamos irrestrita solidariedade aos familiares, aos amigos e aos militantes neste momento de dor”, afirmou em nota Davidson Magalhães.
Joab Batista afirmou que o PCdoB perde um dos seus melhores quadros. “O Brasil perde um ícone da luta por democracia, liberdade e soberania. Haroldo, pela sua história e trajetória de vida, sempre foi um exemplo para nós militantes, dirigentes e simpatizantes do partido. A maior homenagem que podemos fazer a ele é continuar a luta em defesa do povo trabalhador brasileiro”.
Baiano de Caetité, no sudoeste do Estado, Haroldo Lima se formou em engenharia. Ele foi membro da Juventude Universitária Católica-JUC e, depois, passou a integrar a Ação Popular-AP, agremiações contrárias ao golpe de 64. Em 1976, foi um dos sobreviventes à Chacina da Lapa, em São Paulo, quando outros militantes do PCdoB foram mortos.
O ex-deputado constituinte, Haroldo Lima sofreu torturas e, em 1981, foi preso em Salvador acusado de ter comandado o “quebra-quebra” de ônibus durante um movimento contra o aumento da tarifa de ônibus em Salvador. Foi deputado federal por cinco mandatos. O seu último cargo foi como diretor da Agência Nacional do Petróleo-ANP.
O exemplo de abnegação, de coragem, de firmeza, daquele que dedicou a vida à luta em defesa da democracia e da liberdade, e pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna, é o legado que Haroldo Lima deixa para a geração que prosseguirá a luta pelo socialismo.